Capitães da Areia, de Jorge Amado, é um romance que retrata a dura realidade de um grupo de meninos de rua em Salvador. Abandonados por suas famílias e marginalizados pela sociedade, esses jovens encontram refúgio em um velho trapiche, onde formam uma comunidade autônoma. A obra, marcada por um forte realismo social, denuncia as desigualdades sociais e a exploração infantil, ao mesmo tempo em que celebra a força e a solidariedade desses meninos que, apesar das adversidades, lutam por um futuro melhor. A narrativa, rica em diálogos e descrições vívidas, imersa na cultura popular baiana, transforma a vida nas ruas em uma epopeia, revelando a beleza e a dor de existir à margem da sociedade.