"O Despertar de Tudo: Uma Nova História da Humanidade", escrito por David Graeber e David Wengrow, desafia as narrativas convencionais sobre a história da humanidade, especialmente no que diz respeito às origens da desigualdade social e das estruturas de poder. O livro argumenta que as sociedades humanas antigas eram muito mais experimentais e diversas em suas formas de organização social do que se costuma imaginar, e que a ideia de uma progressão linear da barbárie para a civilização, culminando nos estados modernos, é uma simplificação enganosa. Os autores exploram evidências arqueológicas e antropológicas para demonstrar que as pessoas no passado frequentemente adotavam e descartavam diferentes formas de organização social, incluindo sociedades relativamente igualitárias e outras com hierarquias mais fluidas. Eles argumentam que a desigualdade não é um resultado inevitável do desenvolvimento social ou tecnológico, mas sim uma escolha política, e que a capacidade de imaginar e criar alternativas sociais sempre existiu. O livro também critica a influência de ideias eurocêntricas e preconceitos na interpretação da história humana, buscando oferecer uma perspectiva mais abrangente e inclusiva.