Um relato impactante da vida nas periferias de São Paulo nos anos 1950, narrado a partir das experiências pessoais da autora. Carolina, uma catadora de papel, descreve com brutal honestidade a fome, a miséria, o preconceito e as dificuldades enfrentadas por ela e por outros moradores da favela do Canindé. O diário, escrito com uma linguagem crua e poética, denuncia as desigualdades sociais e expõe a luta cotidiana pela sobrevivência, destacando a força e a resiliência de quem vive à margem. A obra é um marco na literatura brasileira, dando voz a uma realidade muitas vezes silenciada.