Cadernos do Cárcere é uma coleção de anotações escritas por Antonio Gramsci durante seu aprisionamento pelo regime fascista italiano (1926-1937). Nesta obra, Gramsci desenvolve conceitos fundamentais como "hegemonia cultural", explorando como as classes dominantes mantêm o poder não apenas pela força, mas também através do controle de ideias, valores e instituições culturais. Ele analisa a relação entre Estado, sociedade civil e intelectuais, defendendo a necessidade de uma transformação cultural para alcançar mudanças sociais profundas. Escritos em condições adversas, os *Cadernos* refletem uma análise crítica do marxismo e da política, tornando-se uma referência essencial para estudos sobre poder, cultura e emancipação. A obra é um testemunho da resistência intelectual e da busca por justiça social.