Filosofia, Sociologia e Política

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Mulheres, raça e classe

Angela Davis

"Mulheres, Raça e Classe" de Angela Davis analisa a intersecção entre as opressões de gênero, raça e classe, com foco na experiência das mulheres negras nos EUA. A obra critica o feminismo branco por negligenciar as vivências específicas dessas mulheres, marcadas pela escravidão, exploração capitalista e racismo. Davis demonstra como a história da escravidão moldou as relações sociais e a importância da participação das mulheres negras em lutas por libertação, desde o abolicionismo até os direitos reprodutivos e a crítica ao sistema carcerário, enfatizando a necessidade de uma análise intersecional para compreender as múltiplas formas de opressão que as mulheres negras enfrentam.

No enxame

Byung-Chul Han

Sobre "No Enxame" de Byung-Chul Han: O livro critica a sociedade digital contemporânea, utilizando a metáfora do "enxame" para descrever a massa amorfa de indivíduos conectados online, caracterizada pela falta de coesão, individualismo e busca incessante por informação. Han argumenta que a comunicação digital erode o respeito e a distância, levando à sociedade do escândalo e à fuga na imagem, enquanto a busca incessante por desempenho resulta em exaustão. Ele também distingue a "vida da informação" da "vida da verdade", alertando para a dificuldade de encontrar significado na era da superinformação.

Sociedade paliativa

Byung-Chul Han

"Sociedade Paliativa" de Byung-Chul Han explora a aversão contemporânea à dor e ao sofrimento, argumentando que a sociedade moderna busca incessantemente o prazer e o conforto, evitando qualquer experiência dolorosa. Han descreve uma cultura que se tornou "paliativa", buscando constantemente anestesiar qualquer forma de desconforto, seja físico ou emocional. Essa busca incessante por bem-estar leva à supressão de emoções negativas, à medicalização da tristeza e à busca por soluções rápidas e fáceis para problemas complexos. O autor argumenta que essa evitação da dor prejudica a capacidade de lidar com desafios, de construir resiliência e de encontrar significado no sofrimento, levando a uma sociedade superficial e hedonista.

O povo brasileiro

Darcy Ribeiro

"O Povo Brasileiro" de Darcy Ribeiro é uma obra fundamental para a compreensão da formação da identidade brasileira. O livro explora a complexa interação entre as matrizes indígenas, africanas e europeias que deram origem ao povo brasileiro. Ribeiro argumenta que a miscigenação foi um processo central nesse desenvolvimento, resultando em uma rica diversidade cultural e étnica. Ele analisa os diferentes "Brasis" que se formaram ao longo da história, desde os povos originários até a sociedade contemporânea, destacando a importância da escravidão e da exploração na construção da nação. Ribeiro também aborda os desafios e as contradições do Brasil, buscando entender as raízes de seus problemas sociais e econômicos, e propondo uma reflexão sobre o futuro do país.

O despertar de tudo

David Graeber

"O Despertar de Tudo: Uma Nova História da Humanidade", escrito por David Graeber e David Wengrow, desafia as narrativas convencionais sobre a história da humanidade, especialmente no que diz respeito às origens da desigualdade social e das estruturas de poder. O livro argumenta que as sociedades humanas antigas eram muito mais experimentais e diversas em suas formas de organização social do que se costuma imaginar, e que a ideia de uma progressão linear da barbárie para a civilização, culminando nos estados modernos, é uma simplificação enganosa. Os autores exploram evidências arqueológicas e antropológicas para demonstrar que as pessoas no passado frequentemente adotavam e descartavam diferentes formas de organização social, incluindo sociedades relativamente igualitárias e outras com hierarquias mais fluidas. Eles argumentam que a desigualdade não é um resultado inevitável do desenvolvimento social ou tecnológico, mas sim uma escolha política, e que a capacidade de imaginar e criar alternativas sociais sempre existiu. O livro também critica a influência de ideias eurocêntricas e preconceitos na interpretação da história humana, buscando oferecer uma perspectiva mais abrangente e inclusiva.

Para Entender o Capital de Marx

David Harvey

Fruto dos mais de 40 anos de cursos sobre O capital de Marx (volume I) lecionados pelo geógrafo marxista David Harvey em universidades ao redor do mundo, A Companion to Marx’s Capital é uma obra ao mesmo tempo sintética e densa, um guia para compreensão do Capital, que chega em momento oportuno, de uma torrente de interesse pela análise marxiana, em busca de um melhor entendimento das origens da falência econômica e dos nossos problemas atuais. Apesar de os últimos trinta anos, mais particularmente desde a queda do muro de Berlim e do fim da Guerra Fria, não terem sido um período muito favorável ou fértil para a economia política marxiana, este livro ajuda a abrir a porta para que uma geração mais jovem, pouco familiarizada com esse pensamento, explore por sua própria conta o legado de Marx. “O que percebo é que aqueles que atualmente desejam ler Marx estão muito mais interessados em engajamentos práticos, o que não significa que tenham medo de abstrações, mas, antes, que consideram o academicismo como algo tedioso e irrelevante. Há muitos estudantes e ativistas que desejam desesperadamente uma forte base teórica para melhor apreender, de modo a situar e contextualizar seus próprios interesses e seu agir político. Espero que essa apresentação dos fundamentos da teoria marxiana possa auxiliá-los nessa tarefa”, diz Harvey na apresentação.

Entre o Passado e o Futuro (Debates)

Hannah Arendt

"Entre o Passado e o Futuro" de Hannah Arendt é uma coletânea de ensaios que exploram a crise da modernidade e a perda de conceitos fundamentais como autoridade, liberdade e história. Arendt analisa a ruptura entre o passado e o futuro, buscando compreender a situação do homem no século XX, marcado por eventos traumáticos como as guerras mundiais e o totalitarismo. Ela argumenta que a tradição, que antes fornecia um fio condutor para o presente, perdeu sua força, deixando o homem em uma posição de incerteza e desorientação. Arendt examina diferentes aspectos dessa crise, como a decadência da educação, o conceito de história, a natureza da autoridade e a questão da liberdade, buscando novas formas de pensar e agir no mundo contemporâneo, enfatizando a importância do pensamento crítico e da responsabilidade política.

Como funciona o fascismo

Jason Stanley

"Como Funciona o Fascismo: A Política do 'Nós' e 'Eles'" de Jason Stanley analisa o fascismo não como uma ideologia fixa do passado, mas como um conjunto de táticas políticas que podem ser usadas em qualquer contexto, inclusive em democracias contemporâneas. Stanley argumenta que o fascismo se baseia na divisão entre "nós" e "eles", construindo uma identidade nacionalista excludente que demoniza grupos minoritários e estrangeiros. O livro explora dez pilares centrais do pensamento fascista, como a idealização de um passado mítico, a propaganda que distorce a realidade, o ataque à educação e à intelectualidade, a promoção da hierarquia e da autoridade, a vitimização do grupo dominante, a ênfase na lei e na ordem com viés punitivista, o controle da sexualidade, o apelo à "terra natal" e o desmantelamento de serviços públicos. Stanley demonstra como essas táticas minam a razão, a empatia e as instituições democráticas, abrindo caminho para regimes autoritários.

O mundo do avesso

Leticia Cesarino

"O Mundo do Avesso: Verdade e Política na Era Digital" de Leticia Cesarino analisa as transformações na produção e circulação de informações na era digital e seus impactos na política. A autora explora como as novas tecnologias, especialmente as redes sociais e os algoritmos, criaram um ambiente informacional complexo e polarizado, onde a distinção entre fato e boato se torna cada vez mais tênue. Cesarino argumenta que vivemos em um "mundo do avesso", onde a lógica da internet, marcada pela velocidade, pela emoção e pela viralização, inverte as tradicionais formas de produção de conhecimento e debate público. Ela analisa a ascensão das fake news, das teorias da conspiração e da desinformação, demonstrando como esses fenômenos são explorados politicamente para manipular a opinião pública e minar as instituições democráticas. A autora também aborda o papel dos algoritmos na criação de bolhas informacionais e na amplificação de discursos extremistas, além de discutir as estratégias de resistência e as possibilidades de construção de uma cultura informacional mais democrática e plural.

Historia de las utopías

Lewis Mumford

En este hermoso y valioso volumen, Lewis Mumford hace balance crítico del pensamiento utópico: su historia, sus fundamentos básicos, sus aportaciones positivas, sus cargas negativas y sus debilidades. Releyendo las utopías más conocidas e influyentes y los mitos sociales que han desempeñado un papel de primer orden en Occidente, y contrastándolos con las utopías sociales parciales todavía recientes, Mumford valora el impacto que todas estas ideas podrían tener en cualquier nuevo camino hacia Utopía que estemos dispuestos a emprender. Presentamos por primera vez en castellano el primer libro que publicó Lewis Mumford, escrito con apenas veintisiete años, y que no dejó de reeditar a lo largo de toda su prolífica vida. La edición que presentamos cuenta además con un prólogo que el propio Mumford redactó casi cincuenta años después de su edición original. En un momento en el que cada vez se escuchan más voces que hablan de la necesidad de que la sociedad cambie de rumbo, y en un tiempo en el que todas las brújulas parecen irremediablemente rotas, este libro se antoja una lectura básica por su fino análisis, por su anticipación y por la lucidez propia del pensamiento de Mumford.

O Estado empreendedor: Desmascarando o mito do setor público vs. setor privado

Mariana Mazzucato

"O Estado Empreendedor: Desmascarando o Mito do Setor Público vs. Setor Privado", de Mariana Mazzucato, argumenta que o Estado tem um papel crucial na inovação e no desenvolvimento econômico, contrariando a visão de que o setor privado é o principal motor da inovação. Mazzucato demonstra, através de exemplos históricos e estudos de caso, como o Estado investe em pesquisa básica, financia tecnologias de alto risco e cria mercados, assumindo riscos que o setor privado geralmente evita. Ela desconstrói a ideia de que o Estado é apenas um burocrata ineficiente, mostrando como ele é um investidor estratégico e um catalisador de inovação, essencial para o crescimento econômico a longo prazo. O livro defende uma parceria mais colaborativa entre o setor público e o privado, reconhecendo o papel fundamental do Estado na criação de um ambiente propício para a inovação e o desenvolvimento.

The Racket

Matt Kennard

"The Racket: A Rogue Reporter vs. the American Billionaires" de Matt Kennard expõe a influência corruptora do poder econômico nos Estados Unidos, focando em como bilionários e grandes corporações manipulam o sistema político e a mídia para defender seus próprios interesses. Kennard, através de reportagens investigativas, revela como esses atores exercem influência sobre políticas públicas, evadem impostos, exploram trabalhadores e destroem o meio ambiente, muitas vezes com a conivência do Estado. O livro demonstra como essa "máfia legalizada" opera nos bastidores, minando a democracia e a justiça social, e como a concentração de riqueza e poder nas mãos de poucos representa uma ameaça ao bem-estar da sociedade como um todo. Kennard busca expor a face oculta do sistema capitalista americano, revelando as engrenagens da desigualdade e da corrupção sistêmica.

Killing the Host: How Financial Parasites and Debt Bondage Destroy the Global Economy

Michael Hudson

"Killing the Host: How Financial Parasites and Debt Bondage Destroy the Global Economy" de Michael Hudson argumenta que o sistema financeiro moderno atua como um parasita, explorando a economia real através da dívida e da especulação, em vez de financiá-la produtivamente. Hudson descreve como o setor financeiro extrai riqueza da economia através de juros, aluguéis e lucros monopolistas, levando ao endividamento crescente de famílias, empresas e governos. Ele critica a desregulamentação financeira e as políticas neoliberais que permitiram a ascensão desse "parasitismo financeiro", argumentando que ele sufoca o investimento produtivo, aumenta a desigualdade e leva a crises econômicas recorrentes. O autor defende reformas radicais no sistema financeiro para reverter esse processo e direcionar o crédito para investimentos produtivos que beneficiem a economia real, em vez de enriquecer apenas o setor financeiro.

O verdadeiro criador de tudo

Miguel Nicolelis

"O Verdadeiro Criador de Tudo", de Miguel Nicolelis, apresenta uma teoria que coloca o cérebro humano como o centro do universo, argumentando que ele é o "computador orgânico" mais complexo e fascinante que conhecemos. Nicolelis, renomado neurocientista, combina diversas áreas do conhecimento, como neurociência, matemática, evolução, ciência da computação, física, história, arte e filosofia, para construir um manifesto sobre a singularidade da mente humana. O livro explora como o cérebro evoluiu e como suas propriedades fundamentais o tornam capaz de criar cultura, história e civilização, moldando o universo como o conhecemos. A obra desafia concepções tradicionais e propõe uma nova compreensão do papel do cérebro na existência humana e na construção da realidade.

Como matar a borboleta-azul: Uma crônica da era Dilma

Monica Baumgarten de Bolle

Como Matar a Borboleta-Azul: Uma Crônica da Era Dilma é uma obra de Monica Baumgarten de Bolle que aborda, com um olhar crítico e reflexivo, o período da presidência de Dilma Rousseff. A autora, por meio de uma narração envolvente e perspicaz, examina as tensões políticas, sociais e econômicas do Brasil durante esse governo, destacando os dilemas e os desafios enfrentados pelo país. A metáfora da borboleta-azul, que representa a esperança e a fragilidade de um momento histórico, é central para a análise das transformações políticas e das relações de poder, oferecendo uma visão íntima e analítica de um dos períodos mais tumultuados da política brasileira contemporânea.

O Príncipe

Nicolau Maquiavel

"O Príncipe", de Nicolau Maquiavel, é um tratado político escrito no século XVI que oferece conselhos a governantes sobre como adquirir e manter o poder. Contrariando a moralidade tradicional, Maquiavel argumenta que um príncipe deve estar disposto a usar a astúcia, a manipulação e até mesmo a crueldade se necessário para garantir a estabilidade e a segurança de seu Estado. A obra analisa diferentes tipos de principados e as características necessárias para um governante eficaz, enfatizando a importância da "virtù" (habilidade, força) e da "fortuna" (sorte, circunstâncias) na condução dos negócios públicos. Maquiavel defende que o governante deve ser pragmático e focado em resultados, priorizando a ordem e a estabilidade acima de tudo, mesmo que isso signifique tomar ações consideradas imorais sob uma perspectiva individual. O livro causou grande polêmica na época e continua a ser objeto de debate e interpretação até os dias atuais, sendo considerado uma obra fundamental para a compreensão da política e do exercício do poder.

O Colapso da Modernização

Robert Kurz

*O Colapso da Modernização*, de Robert Kurz, é uma análise crítica das contradições do capitalismo global, especialmente nas economias periféricas. O autor argumenta que o projeto de modernização, ao tentar replicar os padrões de desenvolvimento dos países centrais, entrou em colapso devido às crises estruturais do capitalismo contemporâneo, como a automação, a precarização do trabalho e o endividamento. Kurz explora como essas dinâmicas afetam sociedades marcadas pela dependência econômica e pela desigualdade, revelando os limites de um modelo baseado no crescimento infinito. A obra combina teoria crítica e análise histórica para questionar as promessas de progresso do capitalismo moderno.

O capital no século XXI

Thomas Piketty

Em "O Capital no Século XXI", Thomas Piketty apresenta uma análise histórica e profunda sobre a desigualdade de renda e riqueza ao longo dos séculos. Utilizando uma vasta base de dados, o autor demonstra que a tendência natural do capitalismo é concentrar a riqueza nas mãos de poucos. Piketty argumenta que, quando o retorno sobre o capital (r) é maior que o crescimento econômico (g), a desigualdade tende a aumentar exponencialmente. Essa dinâmica, segundo o autor, explica os altos níveis de concentração de riqueza observados em diversas sociedades ao longo da história, inclusive nos dias atuais. Piketty propõe diversas soluções para mitigar a desigualdade, como impostos progressivos sobre a riqueza e a criação de um imposto global sobre o capital.

Alfabeto das colisões

Vladimir Safatle

Em "Alfabeto das Colisões", Vladimir Safatle nos convida a uma jornada intelectual fragmentada e multifacetada. Através de uma coletânea de ensaios, o filósofo tece reflexões sobre temas cruciais da contemporaneidade, como política, ética e psicanálise. O livro se destaca pela interdisciplinaridade e pela linguagem acessível, convidando o leitor a pensar criticamente sobre os desafios da sociedade atual. Safatle utiliza a metáfora do alfabeto para simbolizar a construção de um pensamento que se forma a partir de colisões e rupturas, oferecendo uma visão complexa e abrangente sobre a realidade.

Technofeudalism - What Killed Capitalism

Yanis Varoufakis

Technofeudalism: What Killed Capitalism de Yanis Varoufakis analisa a transformação das estruturas econômicas globais, argumentando que o capitalismo, tal como o conhecíamos, está em declínio e sendo substituído por um novo sistema que ele chama de "tecnofeudalismo". Varoufakis descreve como as grandes empresas de tecnologia, como as gigantes da internet, substituíram os antigos proprietários de capitais, concentrando poder e riqueza de maneira ainda mais desigual. O autor explora como a economia digital, a automação e a monopolização transformaram a natureza do trabalho, da propriedade e do poder, criando um sistema econômico baseado em uma nova forma de feudalismo, onde os dados e a vigilância se tornam os recursos mais valiosos.